Desde 1999, comemora-se, na primeira sexta-feira de outubro, o Dia Mundial do Sorriso. A feliz ideia foi do artista norte-americano Harvey Ball, ninguém menos do que o criador do smiley – aquele círculo amarelo sorridente que todo mundo conhece.
Um sorriso vale mais que mil palavras.
Você já deve ter ouvido dizer que sorrir faz bem. O que talvez não saiba é que essa afirmação tem fundamentos científicos. Em sua apresentação no famoso círculo de palestras TED Talks, o conselheiro e empreendedor em série Ron Gutman falou sobre “O poder oculto do sorriso” e revelou resultados curiosos de pesquisas já realizadas.
Com base nos sorrisos das fotos de antigos anuários escolares, por exemplo, um estudo conseguiu prever se os alunos teriam casamentos felizes e duradouros, quais seriam as suas pontuações em avaliações de bem-estar e até quanto seriam capazes de inspirar outras pessoas!
Você está rindo? O assunto é sério. Outra pesquisa relacionou a longevidade dos jogadores de basebol ao seu sorriso em imagens de figurinhas colecionáveis. Veja só: os jogadores mais sorridentes foram justamente aqueles que viveram por mais tempo.
Felizmente, sorrir é natural do ser humano. Ultrassonografias 3D mostram bebês sorrindo desde útero e estudos também atestam que essa é uma das expressões faciais mais fáceis de produzir e de reconhecer em qualquer cultura.
Quantas vezes você sorri por dia?
De acordo com Gutman, mais de um terço da população sorri mais de 20 vezes por dia e menos de 14 por cento sorri menos de 5. As crianças são recordistas, sorrindo mais de 400 vezes diariamente. Mas… cuidado! Sorrisos forçados não contam! Estamos falando aqui de sorrisos genuínos: Sorrisos Duchese. Já ouviu esse termo?
O nome é uma homenagem ao neurologista francês Guillaume Duchenne, que desenvolveu estudos sobre a aplicação de correntes elétricas aos músculos do rosto para estimular as diversas expressões que refletem as nossas emoções.
Em oposição ao Sorriso Pan Am – aquele engomadinho das aeromoças das propagandas da companhia aéres –, o Duchese é o sorriso verdadeiro, que levanta os músculos da bochecha e do canto da boca, que aperta as pálpebras e forma pés de galinha no cantinho dos olhos.
Sorrir é de graça… e contagioso!
Sem medo de errar, podemos dizer que sorrir é o melhor remédio, especialmente nestes tempos de crise que estamos atravessando. Sorrir não custa nada e é melhor do que comer chocolate e ganhar dinheiro. Espantado? Saiba que isso também é cientificamente comprovado.
Sorrir de verdade, com frequência, reduz os níveis de cortisol, adrenalina e dopamina – também conhecidos como hormônios do estresse. Também melhora o humor, produzindo endorfina, o hormônio do prazer. Ainda reduz a pressão sanguínea.
Como diz a letra da música: “Não que a vida esteja assim tão boa, mas um sorriso ajuda a melhorar”. Se até o dia 5 de outubro, Dia Mundial do Sorriso, você não encontrar razões para dar boas gargalhadas, aproxime-se de quem faz disso um hábito. Sorrir é involuntariamente contagioso – mais até do que bocejar – e só vai melhorar a qualidade dos seus dias.